quinta-feira, 5 de março de 2009

Fui seu bem.

Na noite quente meu coração gela quando você chega e me diz que encontrou outro alguém.
Esse alguém que também te faz bem, eu não te faço mais bem... Eu já fui seu bem.
Não chorei, sorri por não saber me conter.
Você estranhou eu não querer falar sobre o que houve, eu estranhei você achar que havia explicação.
Corri no espelho e analisei ali horas a minha cara, o que acontecera?
Nenhum despertador tocara pra me acordar desse sonho ruim.
Os cacos do meu coração escorreram pelo ralo enquanto eu sentei embaixo do chuveiro
tentando limpar a sensação de estar suja.
O café quente não aquecia o sentimento e nem o refrigerante congelara aquela sensação... Chorei, chorei muito, chorei mais e me descabelei!
Não desci pelo elevador na manhã seguinte, não fui pela escada...
Fiquei ali, fugi de mim!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Donzela real.

Não cubro com folhas os dias de sol, sinto os olhos arderem.
Copio o livro pra vida real, desço correndo a escada e escorrego no corrimão.
Visito o Willy Wonka e não volto pelo elevador, vou caminhando no calor que asfixia.
“Caminhando, cantando e seguindo a canção”, no mp4 uma seleção variada.
Não levo doces pra vovozinha e tampouco salvo gatinhos presos em árvores.
Plena, paquero o cara da moto azul.
Escorrego um sorriso no tropeço e sigo sem fazer boas ações.
Mocinhas não fumam cigarros, e nem paqueram caras de motos.
Desculpe... Sou real.
"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."