quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A xícara.

Um resto de café amanhecido na xícara e uma porção de sorrisos planejados.
Mágoas temperadas na noite anterior.
Encaixotou os sonhos e se rendeu a sensação de sentir-se só.
Mais um pouco de café gelado naquela xícara.
Uns pensamentos suicidas e uma briga no apartamento do vizinho.
Um banho e o trajeto até o trabalho.
O dia está só começando...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um, dois, três...

Uma tela
um rosto
dois rostos
duas pessoas
um copo pela metade
uma lágrima
um meio sorriso
quartas intenções
um sentimento
uma piedade
uma coragem
um medo
um desafio
um desespero
uma hesitação
um cinzeiro
uma tragada
duas tragadas
três tragadas
quatro tragadas
cinco tragadas
um desabafo
quatro letras
três sinceridades
uma porta batendo
uma discordância
meio fim.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Faltava.

Olhava o espaço vazio em seu coração e o mural sem fotos com namorado.
Sentia ciúme de seus livros que faziam fantasias de relacionamentos bem sucedidos.
E das vezes que tomava banho ensaiando declarações de amor envergonhadas.
Imaginava nos filmes sua figura com um galã bem apessoado e perfumado.
Maquiava-se a seu jeito desajeito em fins de semana pra fingir que estava em uma reunião do high society.
E o vinho barato fazia com que as coisas se juntassem em pensamentos alegres.
Ria das piadas que o vizinho contava para os amigos que o visitavam, como se estivessem sido contadas para ela.
Junto com a dor de cabeça que o vinho lhe dava, tudo voltava ao normal ao despertar na manhã seguinte.
Faltavam cartas de amor e promessas de ser para sempre, faltava alguém.

sábado, 9 de agosto de 2008

Meu tempo.

O tempo passa rápido quando quero arrastá-lo naquele momento e devagar quando a saudade me corta oua dor estampa meus olhos.
Gosto de dar passo a passo, de contemplar a paisagem e do abraço demorado, mas gosto das filas rápidas.
Nem por isso deixo de planejar, de pensar mais adiante.
Só quero me agradar e não me deixar corromper.
Quero deixar sorrisos aos que cruzarem meu caminho e nostalgias gostosas aos que se lembrarem de mim.
No que depender de mim, vou encostar tua rua na minha... Te dar uma café e um afago.
Seja bem-vindo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Garçom, a conta.

Apenas uma caneca de café, por favor.
Neste inverno frio lembro-me do quente do verão e que eram dois copos de suco...
Éramos dois.
Traga-me também uma porção de novas sensações,
de planos realizáveis e de sonhos em conjunto.
Junto com as gotas que derramei na mesa, escuto minha história na música que toca.
Nostalgia e novos sonhos.
Traga-me a conta, vou viver.
"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."