quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Faltava.

Olhava o espaço vazio em seu coração e o mural sem fotos com namorado.
Sentia ciúme de seus livros que faziam fantasias de relacionamentos bem sucedidos.
E das vezes que tomava banho ensaiando declarações de amor envergonhadas.
Imaginava nos filmes sua figura com um galã bem apessoado e perfumado.
Maquiava-se a seu jeito desajeito em fins de semana pra fingir que estava em uma reunião do high society.
E o vinho barato fazia com que as coisas se juntassem em pensamentos alegres.
Ria das piadas que o vizinho contava para os amigos que o visitavam, como se estivessem sido contadas para ela.
Junto com a dor de cabeça que o vinho lhe dava, tudo voltava ao normal ao despertar na manhã seguinte.
Faltavam cartas de amor e promessas de ser para sempre, faltava alguém.

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"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."