sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"Amo tanto você, isso me deixa doente"

- "Não gosto quando falas assim de outras mulheres!!!"
E essa frase foi o grito de fúria daquela mulher.
Estava insegura e ele nem sempre lhe dava segurança.
Ela era do tipo que seguia a risca a canção de uma banda que muito gostava "você precisa de alguém que te dê segurança, senão você dança, senão você se cansa"... cantando a canção ela detectava que nem sempre sentia que tudo aquilo valia a pena.
Ele riu e ela esbravejou.
Ele disse "Lovin' you is so much, that makes me sick".
Ela disse que não gostava quando ele falava em inglês só pra ela não compreender.
"Amo tanto você, isso me deixa doente", dizia ele.
Sorriu por dentro, pra que depois ele afirmasse... "I love you all the time, I need you 8 to 9"

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ser do mundo.

Um casaco na cintura, algum trocado e dirigiu-se a rodoviária.
Queria tanto ser uma pessoa do mundo, sem destino, sem passado, só vivendo o presente.
Andou por vários guichês que vendiam passagens e nenhum deles vendia o que ela queria e não sabia explicar.
Descobriu que ser do mundo é estar em todos os cantos ao mesmo tempo, ou em algum lugar fora dele...
E isso, minha cara, não tem como.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Na ausência

Pode parecer tão irracional falar de quem nunca escutamos uma gargalhada ao vivo e nunca olhamos nos olhos, pode parecer tolo dizer que sinto tua falta, pode soar não sincero.
Ver, ouvir, falar, tocar, sentir... mesmo sem nada disso preencheu um cantinho no peito, e ele dói por não ter... Fica incompleto, mas mesmo assim não deixa de ser especial.
Ainda não sei o teu cheiro, mas sei que vou gostar... Toca-me mesmo distante.
A escrita não exprime todo o sentimento e, quando as palavras faltam, eu não posso apenas sorrir e te olhar para que me compreendas.
A falta do olho físico, de uma música que marque e a mão no ombro... coisas vezes irrelevantes pra que eu me sinta em paz contigo.
Cheio de carinho, sinto que toca de forma sutil quando as palavras escritas fluem.
Não sei como gostas de dormir e se fica sonolento durante a manhã.
Não descobri se prefere dormir ou passear nos dias livres, ou qual pipoca come quando vai ao cinema.
Fica ainda na minha curiosidade se as unhas são cortadas alinhadas ou lava os cabelos todos os dias.
Será vai aceitar comer petit gateau comigo depois de almoçar salada ou ir comprar sapatos em promoção?
Quem sabe se prefere creme dental de cor azul ou ervilhas no lanche?
O tanto que não sei que é quase o tanto que sinto.
Tem vezes que não me parece real e todas as vezes que falam daquela cidade meu pensamento voa... será que encontra?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Estrada.

Ela: minha história, meus quilômetros por hora.
Ele: rápido?
Ela: depende da estrada
Ele: que estrada costumas pegar?
Ela: depende... quando se conhece muito a estrada não tem mais tanta atenção, nada é novidade.
Ele: e geralmente sua estrada é conhecida, ou seja, que você conhece?
Ela: a minha ou a que eu ando?
Ele: a que você anda.
Ela: andar pelo conhecido é mais fácil, andar pelo novo abastece a vida.
Ele: quanto tempo tem sua estrada?
Ela: tempo de construção? Alguns, mas nem todo tempo a gente abre a estrada pra passagem.
Ele: e agora... como ela tá?
Ela: muitas pessoas passam por ela pras férias de verão, mas é só de passagem.
Ele: e você gosta disto?
Ela: nem todo dia é de sol e nem toda chuva alaga.
Ele: onde fica?
Ela: no litoral
Ele: de onde?
Ela: do sul
Ele: acho otimo o vai e vem do verão
Ela: depende do que ele deixa.
Ele: com certeza, isto é essencial
Ela: ganhar o que as pessoas deixam as vezes também é perder
Ele: também compartilho deste pensamento
Ela: tem que coisas que a gente não escolhe, só se deixa levar
Ele: e isso é ruim?
Ela: desde que possa ser ponte pra fugir das mesmas paisagens...
Ele: e sua estrada está aberta?
Ela: consertei os buracos e abandonei o pedágio, acesso limitado.
Ele: posso ir pela sua estrada ou seria muito atrevimento?
Ela: boa viagem!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Gosto ruim.

Não sei... Eu simpatizava com aquele olhar solitário que berrava por uma companhia.
Não só nas noites frias que o coração quase parava de tanta solidão, mas também para os desabafos cotidianos de seu subemprego.
Até tolerava suas grosserias, eram tão instantâneas e normais para ele que já fazia sem notar.
Sempre se encontravam na hora da janta, naquele refeitório encardido e escuro.
Ele fazia questão de sentar-se perto, e eu não conseguia olhar...
Sentia-me coagida.
Apesar do aspecto sujo ele tinha uma ternura explodindo dentro de si.
Começamos a nos cumprimentar de forma cordial e respeitosa.
Acho que começamos a conversar num dia em que a comida não estava com um gosto bom, e então trocamos idéias
Tinha idéias infantis, escrotas e se achava superior.
Agora sim entendo o porquê de ele ser sozinho, e pelo jeito vai continuar assim.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Dieta.

O suco de maracujá estava delcioso, pena só colocar duas gotas de adoçante.
De dieta mais uma vez (genética ingrata)!
Lembro-me da planilha que tenho de deixar pronta pra reunião de amanhã e o suco já me desce amargo na garganta.
Me entrego ferozmente ao teclado pra tentar cumprir o prazo.
Falta metade, um pouco... tô quase lá.Puft!Um estouro e acaba luz...
Todos os dados perdidos.
putaqueopariu.
Abri o maço de cigarros que estava na gaveta fazia quatro meses e duas semanas (desde quando pareide fumar), cheirei o cigarro e dei uma tragada.
Fiquei tonta e satisfeita... uma onda de calmaria me invadiu.
Outra tragada mais e mais, mais, mais... mais um cigarro.
Mais quatro cigarros e a luz volta.
Como um chocolate perdido e recomeço a planilha.
Fico estressada quando faço dieta, as coisas nunca dão certo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O sol

Enquanto o mundo anda rápido eu fico parada tenta me procurar.
Sento e fico tirando os esmaltes descascados, os dedos ainda amarelos de nicotina justificam a tosse.
Vou esquecendo as dores que habitam o meu coração, penso em clarear a escuridão dos olhos.
Previsão de chuva para os próximos dias dentro de mim.
Mas o sol sempre vai existir, esteja eu triste ou feliz.
Talvez ele possa me fazer sorrir, e que ele não testemunhe nada menos que isso de mim...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Huanita

Me pego pensando no que escrever e é tanta coisa que seria impossívelresumir...
Aniversários, noites em claro, chocolates, open, cachorro quente, filminho, bater o carro, andar de bonde, pegar táxi mais barato, domingo de sol, são paulo, jantar chique, noite de chuva alegre e, tantas coisas mais que me deixam feliz.
Parece-me sempre a melhor cia para os momentos tristes e para dividir alegrias.
Conversas inúteis, conselhos sérios, pratos frios de vingança.
Discutimos por discordar ou até mesmo por concordar.
Há épocas em que afazeres, romances e cansaço nos afastam, mas superamos tudo isso.
Só sei que gosto e não é pouco.. é tanto que as vezes eu nem sei explicar.
Uma pessoa única, com um jeito encantador e um olhar que diz tudo ao mesmo tempo.
Consegues surpreender de uma forma incrível, tchê.
Te definir seria tosco, pq ainda bem que mutações nos acompanham.
Cat... faça o favor de não sair nunca da minha vida.

Y a mucha honra, amiga de la Huanita soy!
Te amo Brasiiiiiiiiiiil!
"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."