terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Gosto ruim.

Não sei... Eu simpatizava com aquele olhar solitário que berrava por uma companhia.
Não só nas noites frias que o coração quase parava de tanta solidão, mas também para os desabafos cotidianos de seu subemprego.
Até tolerava suas grosserias, eram tão instantâneas e normais para ele que já fazia sem notar.
Sempre se encontravam na hora da janta, naquele refeitório encardido e escuro.
Ele fazia questão de sentar-se perto, e eu não conseguia olhar...
Sentia-me coagida.
Apesar do aspecto sujo ele tinha uma ternura explodindo dentro de si.
Começamos a nos cumprimentar de forma cordial e respeitosa.
Acho que começamos a conversar num dia em que a comida não estava com um gosto bom, e então trocamos idéias
Tinha idéias infantis, escrotas e se achava superior.
Agora sim entendo o porquê de ele ser sozinho, e pelo jeito vai continuar assim.

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"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."