quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um metro e cinquenta e cinco de sol II

Volte logo!
Dê um telefonema, mande um telegrama ou simplesmente apareça.
Que vou tratar de deixar a casa com cheirinho de jasmim e fazer café fresquinho pra quando tu chegares.
Não esqueça: traga aquela broa, aproveitar que não foi à toa.
Vou apressar o tempo, vou te trazer pelo vento.
Vou te viver e vamos recordar.
E, mesmo quando o cansaço nos pegar, vamos matar a saudade antes que ela tente nos matar.
Sabemos que às vezes é necessário se cortar pra depois nascer inteiro, como floresceu depois disso nossa amizade. E, o que era uma flor de margarida murcha, agora perfuma meu astral e enfeita o meu quintal.
Mesmo eu te querendo sempre por perto, tu és a amiga de longe que sempre lembro e faz falta.
Pode o cinza me acompanhar ou posso me sentir chuvosa, mas sei que tens o dom de trazer-me o sol.
Obrigada sempre por me trazer "um metro e cinquenta e cinco de sol"!
Não gosto de toda essa distância, mas gosto de ti.
De ti, gosto de ti!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pirâmide de Maslow.

E, enquanto caminhavam, ela comentava sobre a pirâmide de Maslow.
Ele nunca havia comido marshmallow em pirâmide, mas gostou da idéia.
Fisiologia ele achava relevante, mas o que era "homeostase"? Deve ser alguma proteína, a palavra não lhe inspirava confiança. Mas e se fosse algo bom? Mesmo assim, melhor não arriscar.
Segurança era importante, mas como contrataria um? Ah, esse outro tipo de segurança? Sim, é importante.
Amor e relacionamento ele julgava ter e dizia-se feliz.
Estima: não admitia, mas realmente sua auto-estima não era automática.
Realização pessoal: veja só... Como corre atrás, como batalha.
Divagou sobre Maslow, foi devagar pra casa, desenhou uma pirâmide, arrumou suas prioridades e chamou-a pra comer marshmallow.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Um metro e cinquenta e cinco de sol.

Pois é, o cinza me acompanhou...
Mas vejo teu sol domingo, espero.
Te ver é tão bom sempre.
E é verdade que o sol brilhou,
hoje já deu saudade e choveu muito.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Enzo

Acordei com os sentimentos pesados, com os olhos pesados e com a cabeça mais ainda.
Como diria Enzo: "e, se bem me lembro, sonhei com corvos".
Ontem foi a última corrida do Enzo, tinha adiado, mas fiquei ali assistindo nos boxes.
Correr na chuva era sua predileção, fui eu quem molhou a pista pra sua última corrida.
Hoje eu mesma molhei a pista pra minha última corrida nesse GP, quanta ironia...
Não tinha visto a bandeira listrada, tinha óleo na pista.
Ainda vou aprender, vou saber "a arte de correr na chuva".
"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."