quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Estrada.

Ela: minha história, meus quilômetros por hora.
Ele: rápido?
Ela: depende da estrada
Ele: que estrada costumas pegar?
Ela: depende... quando se conhece muito a estrada não tem mais tanta atenção, nada é novidade.
Ele: e geralmente sua estrada é conhecida, ou seja, que você conhece?
Ela: a minha ou a que eu ando?
Ele: a que você anda.
Ela: andar pelo conhecido é mais fácil, andar pelo novo abastece a vida.
Ele: quanto tempo tem sua estrada?
Ela: tempo de construção? Alguns, mas nem todo tempo a gente abre a estrada pra passagem.
Ele: e agora... como ela tá?
Ela: muitas pessoas passam por ela pras férias de verão, mas é só de passagem.
Ele: e você gosta disto?
Ela: nem todo dia é de sol e nem toda chuva alaga.
Ele: onde fica?
Ela: no litoral
Ele: de onde?
Ela: do sul
Ele: acho otimo o vai e vem do verão
Ela: depende do que ele deixa.
Ele: com certeza, isto é essencial
Ela: ganhar o que as pessoas deixam as vezes também é perder
Ele: também compartilho deste pensamento
Ela: tem que coisas que a gente não escolhe, só se deixa levar
Ele: e isso é ruim?
Ela: desde que possa ser ponte pra fugir das mesmas paisagens...
Ele: e sua estrada está aberta?
Ela: consertei os buracos e abandonei o pedágio, acesso limitado.
Ele: posso ir pela sua estrada ou seria muito atrevimento?
Ela: boa viagem!

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"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."