segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Na ausência

Pode parecer tão irracional falar de quem nunca escutamos uma gargalhada ao vivo e nunca olhamos nos olhos, pode parecer tolo dizer que sinto tua falta, pode soar não sincero.
Ver, ouvir, falar, tocar, sentir... mesmo sem nada disso preencheu um cantinho no peito, e ele dói por não ter... Fica incompleto, mas mesmo assim não deixa de ser especial.
Ainda não sei o teu cheiro, mas sei que vou gostar... Toca-me mesmo distante.
A escrita não exprime todo o sentimento e, quando as palavras faltam, eu não posso apenas sorrir e te olhar para que me compreendas.
A falta do olho físico, de uma música que marque e a mão no ombro... coisas vezes irrelevantes pra que eu me sinta em paz contigo.
Cheio de carinho, sinto que toca de forma sutil quando as palavras escritas fluem.
Não sei como gostas de dormir e se fica sonolento durante a manhã.
Não descobri se prefere dormir ou passear nos dias livres, ou qual pipoca come quando vai ao cinema.
Fica ainda na minha curiosidade se as unhas são cortadas alinhadas ou lava os cabelos todos os dias.
Será vai aceitar comer petit gateau comigo depois de almoçar salada ou ir comprar sapatos em promoção?
Quem sabe se prefere creme dental de cor azul ou ervilhas no lanche?
O tanto que não sei que é quase o tanto que sinto.
Tem vezes que não me parece real e todas as vezes que falam daquela cidade meu pensamento voa... será que encontra?

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"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."