quinta-feira, 17 de julho de 2008

Romance de Carnaval

Era domingo de carnaval.
Ela não gosta de domingos, também não apreciava o carnaval.
Saiu com seus amigos. Foram ao mesmo bar que habitualmente iam.

Ela entrou e logo o viu.
Ele estava lá... Cabelos longos, roupa preta e uma cara de poucos amigos.
Ele parecia indiferente, nem a reparara.
Ela o olhava, não conseguia desviar o olhar. Ele realmente havia despertado seu interesse.
Ele ainda não havia olhado pra ela, talvez ela nem fizesse o "seu tipo".
Ele investia suas cantadas em uma menina, enquanto isso ela dançava e tentava divertir-se com seus amigos.

Ah, não! Ela não conseguia parar de monitorá-lo.
Ela observava seus movimentos e sua tatuagem que se mostrava visível no braço direito.

Fez-se alegre quando a tal fulaninha que ele investira as cantadas foi embora sem resquícios de beijos ou aproximações maiores.

Ela então o viu sozinho. Viu ali sua chance a poucos metros.
Sentia muito medo da rejeição. Ele era bonito, ele lhe despertava interesse de uma forma especial.
Se ele a rejeita-se ela iria se importar mais do que normalmente se importaria com os caras que habitualmente conhecia.

Ela tinha receio de aproximar-se.
Passou por ele.
Ele a olhou. Não a olhou porque se sentia atraído. Simplesmente os olhares se cruzaram.

Rapidamente ela arriscou um tímido "oi". Ele retribui. Ela sentiu-se confiante com o movimento que ele fez com o corpo. (Ela sempre media o grau de interesse das pessoas por seus gestos)

Então conversaram... Coisas banais, coisas aleatórias. Brevemente se conheceram.
Ela gostou dele. Sentia-se insegura e por vezes gostava de sentir-se assim.
Ela confessou seu interesse no fim da noite, não poderia deixá-lo assim... Ele a beijou, ela retribuiu com vontade.

Lamentou ter que partir, mas estava de carona. Dependia de seus amigos pra voltar pra casa e eles a aguardavam.

Ele disse para ela adicionar-lhe no Orkut. Ela assim o fez na manhã seguinte.

Passaram-se dias e ele não mantivera contato.
Ela seguia sua vida. Trabalhava, divertia-se e continuava a ir ao bar em que era habituada. Conhecera outros homens, mas era com ele que ela queria estar.
Já havia perdido a esperança de encontrá-lo novamente.

Passados mais alguns dias e ele estabelece contato, ela alegra-se.
Alguns recados trocados e começaram a comunicar-se via mensagens de celular.
Oh! Quão gentil ele era.

Ele disse que viria encontrá-la. Ela ficou ansiosa, desejava muito vê-lo novamente, embora tivesse medo de o encanto se quebrar.
Ele cumpriu sua promessa... Veio vê-la. Ele a conquistou mais ainda. Tudo era muito intenso.

Ela entristeceu ao ter de se despedir. Ela o queria muito, por muito mais.

As mensagens via celular continuaram em grande freqüência. Uma longa e escura semana se passou até que ele voltasse.
A alegria tomara conta dela. Tudo parecia mágico. Foram momentos intensos. Não são momentos descritíveis e/ou mensuráveis.

Ele teve de partir.
Ela soluçava... Não conseguia abrandar o choro. Ela sentia que ele levara um pedaço vital seu.
Sim, ele levara o coração dela consigo. Ela estava triste, mas ele deixara o coração dele também.

Ela o amava. Ele a amava.
Ela não sabia administrar o sentimento.
Sentia-se egoísta ao querer tê-lo para todo o sempre só para si.

Ambos acreditam no sentimento que nutrem.
Ele mora longe. Ela julga injusto.
Estabeleceram uma relação. Ela sente-se insegura. Medo de perder o homem que a fez amar novamente, que a fez sentir-se amada.
Sentem saudade. Tentam driblá-la.
Amam-se e isso é o que os impulsiona.
Amam-se muito e serão felizes para sempre no que somente deles depender.




(O para sempre já acabou)

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"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."