domingo, 3 de maio de 2009

Amontoado de garrafas.

Bebia pra comemorar, pra esquecer e bebia também pra que alguma coisa acontecesse.
Não fugia... Da bebida, é claro.
Ligara embriagado naquela noite, atendera no primeiro toque.
Trocaram juras de amor, amanheceram juntos, não conseguiram se amar.
Seguiram rindo da tolice.
Inesperadamente contaram de seus passados, que ainda os machucava.
Enquanto contavam os olhos não se encontravam, uma vergonha, um desabafo.
Enquanto o tempo passava as garrafas se amontoavam vazias.
E o mundo acordava para eles irem dormir.
Xingavam policias e a paisagem foi feita pros dois.
Mais uma garrafa, uma inútil garrafa, uma sensação ruim...
E ela chegou em casa feliz de estar com ele, triste de ele ter que partir.
E ele? Ela não sabia o exatamente o que ele pensava.

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"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."