segunda-feira, 25 de maio de 2009

Defenestrando.

Defenestrar...
Três pessoas em lugares diferentes da cidade defenestravam seus corpos.
Um senhor de camisa cor mostarda, um rapaz e um outro rapaz que trabalhava em um circo.
Todos defenestraram seus corpos na minha frente, eu estava lá em todas as cenas.
O senhor levantou da mesa do café, deu um beijo na testa da neta e defenestrou-se.
Acordei.
Devia ter sonhado aquilo porque discutia o uso dessa palavra com um moço uma noite antes... Ou será que não?
Dor de cabeça, dor no corpo, dor nos pés por conta do salto alto...
Tive que expelir via oral tudo que eu havia consumido... Que nojo!
Escovei os dentes, tomei banho e escovei os dentes mais uma vez.
Voltei pra cama e me encolhi.
Feito bicho com medo, feito gente que fez coisa errada e que não quer assumir porque está com preguiça de viver.
Inferno particular, no silêncio fechei meus olhos bem forte.
Cochilei na decadência.
Levantei e não consegui fazer nada além de buscar água na cozinha.
Acidez demais pra uma pessoa num domingo perdido.
Falei com uma amiga, lamentei, me critiquei, explorei conceitos de gente mal humorada.
Acabei rindo dos meus sentimentos infantis e incontroláveis, das minhas expectativas que procriam sozinhas.
Foram tantas as vezes que eu criei expectativas e depois acabei caindo em cima delas... Eu deveria defenestrá-las!

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"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."