sexta-feira, 22 de maio de 2009

Faça por você.

Ponha mais uma gotinha de calmante no seu chá e me mande flores às 9 da manhã.
Aceite a condição de me perfumar com tua pele áspera.
Coloque lençóis limpos e espere minha volta.
Pegue as roupas na lavanderia e varra a sala.
Compre sabonetes e biscoitos de polvilho.
Água nas plantas pela manhã e depois as coloque sob o sol.
Faça a cópia das chaves da portaria e pague o aluguel.
De tarde busque pão e ferva o leite pro meu café.
Depois se banhe, lave os cabelos e corte as unhas.
Faça isso por mim, por nós... Faça principalmente por você.

Um comentário:

Ana Claudia disse...

xeque-mate
ei, você que segue! não leia, não veja,
aquilo que te beija não é a virtude. deseja o poema primitivo ou o bom texto? pois meu fruto tem água ao morder; tem um gosto sumarento e cheiro de terra molhada escorrendo pela boca e pescoço. depois, não sei como eu mesma vou lambendo o veneno que me escorro dessa fruta doce, mas com a cica dos dias aqui. também da língua alheia sai palavra enfeitiçada, que me larga encantada na esquina. fico olhando frases que me dão as costas como tantas coisas belas pelas costas eu já vi, boas e ruins. risos. depois sinto o caroço_ o xeque-mate: quando minha palavra morde a entrelinha, fiz um poema bom e paro.

Ana Claudia Abrantes
25/05/2009

Oi, tudo bem com você?
Um beijo...
Ana Claudia

"Não tenha medo: nem tudo tem explicação. Há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul. O coração sempre arrasa a razão, o que é preciso ninguém precisa explicar. O mundo é muito grande pra quem anda de avião, pra quem anda sem destino ele cabe na palma da mão. O coração sempre arrasa a razão, o que não tem explicação ninguém precisa explicar. O sol ainda se levanta no meio de tanta confusão, no meio da madrugada ele ilumina o japão. O coração nunca cansa da canção, o que tá escrito na canção ninguem precisa aceitar."